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A Mensagem do Profeta

 

A Mensagem do Profeta

 

Por Marco Orsini

 

Muito se tem falado sobre o Profeta Gentileza. Porém, é importante não esquecermos das abordagens existentes no campo das ciências sociais que tratam de personagens como ele, principalmente na Antropologia. São notáveis as observações registradas pelo antropólogo Gilberto Velho e publicadas em livro de sua autoria sob o título Desvio e Divergência. Alí encontramos a possibilidade de identificar o Sr. José Datrino, o Profeta Gentileza, entre aqueles indivíduos que manifestaram comportamentos desviantes. Isso ocorreria em função de leituras divergentes dos códigos que compõem a estrutura sócio-cultural do contexto em que vivem. A partir disso, seus comportamentos passariam a diferir daqueles aceitos como normais pela sociedade. Isso tudo sem desconsiderar os extensos debates sobre o personagem Gentileza existentes e divulgados nas mídias sociais.

 

 

Conhecer o profeta e conviver com ele em diversas oportunidades durante o ano de 1978 foi um privilégio e tanto. Uma pessoa muito educada, dócil e que achava muito importante que os estudantes de Comunicação se interessassem por ele pois, dessa forma, estariam contribuindo para divulgar as suas idéias. Foi assim que ele apareceu com mais uma mensagem escrita em um cartaz. Dessa vez, ele desejava entregá-la pessoalmente ao presidente da república. Conversamos sobre as dificuldades que ele teria para ser recebido pelo presidente e acertamos com ele uma forma de ajudá-lo para que a sua mensagem chegasse ao destino. Foi assim que ele concordou e se deixou filmar na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes em Brasília. 

 

 

O documentário de 11 minutos de duração "A Mensagem do Profeta" foi produzido com pouquíssimos recursos. As gravações das imagens foram realizadas originalmente em 16mm pelo cinegrafista e fotógrafo Marcelo Coutinho com uma câmera muito antiga e movida a corda pertencente ao Departamento de Comunicação da UnB. Foram utilizadas sobras  de filmes das emissoras de TV locais. Essas sobras eram descartadas pois eram do sistema som direto. Para gravar a voz do profeta tivemos que levá-lo até ao pequeno estúdio de rádio existente nas dependências da Comunicação da UnB. A montagem foi realizada pelos saudosos profissionais, produtor e diretor de cinema Márcio Curi e o professor e diretor de cinema Geraldo Moraes, com a utilização de uma moviola do então Centro de Produções Cinematográficas - CEPROCINE.

 

O filme contém registros do momento histórico em que a capital completou 18 anos, incluindo uma sequência de imagens da Pedra Fundamental da futura capital e do Vale do Amanhecer realizadas em Planaltina/DF. O filme participou do II Festival de Filme Brasiliense em 1984, da XIII Jornada Brasileira de Curta Metragem realizada em Cachoeira/BA em 1984, e do 18º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro em 1985. 

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